A História do Cavalo
A relação do homem e cavalo é algo que já se mostrava nas paredes das cavernas primitivas há milhares de anos.
Os cavalos eram símbolos de admiração, mas também serviam como refeição.
O seu ancestral mais antigo se chamava hyracotherium, possuindo 3 dedos nas patas de trás e 4 nas da frente, também sendo muito menor, do tamanho de um gato caseiro.
Com o tempo, suas necessidades foram mudando, a disponibilidade de alimento e habitat tornou-se abundante. Os três dedos não eram mais necessários, desaparecendo cada vez mais, até o momento em que o futuro cavalo passou a andar somente sobre o dedo do meio, dando agilidade e velocidade ao animal.
Uma das raças mais antigas são os cavalos da Mongólia. Eles possuem ranhuras em suas pernas, lembrando o desenho das zebras, uma listra dorsal e uma crina curta e escura.
Esta raça, junto com indivíduos selvagens já extintos, está sendo reintroduzida ao seu ambiente natural através de programas de proteção, na tentativa de manter uma parte tão importante da história dos cavalos, que correm sobre as estepes da Mongólia.
Os cavalos vivem em grupos, chamados de bandos; éguas, um garanhão dominante e seus filhotes.
Onde a maioria dos potros será desmamada antes de completar um ano, se juntando ao bando de machos solteiros. Nestes grupos os eles são preparados para a vida adulta, que começa aos seis anos. Com este meio tempo repleto de brincadeiras, de lutas e o início do espelhamento da hierarquia, que se mostra nas formas de quem se deita primeiro na água, quem rola primeiro, quem se limpa com quem, começando assim a exercer uma dominância.
No mundo dos cavalos onde não existem palavras, odores e gestos definem dominância ou submissão, e olhares transparecem e refletem tudo; os cheiros são muito importantes e revelam muitas coisas. Para os machos, o cheiro das fezes de outro garanhão pode lhe dizer muito sobre o estado de saúde do mesmo.
Esses animais buscam sempre incrementar suas dietas, como por exemplo, com sais minerais. Esta procura aumenta principalmente nas fêmeas lactantes, que através do seu leite, passam os nutrientes ao potro.
Podem sobreviver de dietas que matariam até mesmo o gado mais saudável nas épocas de um rigoroso inverno; podendo também se alimentar em planícies salgadas, ou ainda de alimentos que crescem em águas salobras.
O cavalo está espalhado pelos quatro cantos do mundo. Pelo fato de facilmente se adaptar, é difícil encontrar um lugar no qual não possam viver.
Em resposta ao clima frio da Europa, os cavalos maiores evoluíram; são chamados de "sangue frio".
O oriente médio e a África do norte produziram os "sangue quente". O mais antigo deles é o árabe, menor e mais leve, com músculos lentos e repuxados para percorrer longas distâncias, extraordinariamente adaptado ao clima do deserto.
A mistura do "sangue quente" com o "sangue frio" produziu os "sangue morno"; geralmente usados nas escolinhas de equitação.
O uso para a apartação de gado fica para os Quarto-de-Milha, que possuem este nome por conseguirem percorrer um quarto de milha em quinze segundos. Eles possuem músculos repuxados e rápidos para responder melhor instantaneamente aos movimentos das rédeas, separando a manada.
Na área de acrobacias, temos o Puro Sangue Inglês, que tem tamanho, velocidade e força, e são necessidades da prática do volteio.
Os cavalos estão presentes nas nossas vidas, fazem parte da nossa história, carregando parte dela sobre seus dorsos e percorrendo longas distâncias, conquistando nações, participando de guerras ou ainda mesmo desbravando continentes.
Em épocas remotas nos carregaram e nos puxaram; foram o nosso mais real transporte.
Nas lavouras, puxaram o arado ou levaram o pesado feno ao gado esfomeado.
Hoje são símbolos de beleza e exuberância, força, velocidade e coragem. Continuam a nos acompanhar em provas onde testamos a sua e a nossa força; como na baliza, no tambor, na corrida ou no enduro. Cuidam de nós através da equoterapia ou mesmo por somente nos olhar.